Hoje decidi partir;
Partir para o mesmo jardim;
Jardim onde me foste buscar.

Tenho saudades do cheiro das flores;
Das cores;
Da terra.

Tenho saudades daquele céu;
Do brilho das estrelas;
Da intensidade do sol;
Do encanto da lua.

Partirei, ou será que já parti?
Talvez já tenha partido!
Ou talvez ainda, nunca de lá sai.

Quero confidenciar-te, falar-te baixinho;
Sussurrar às tuas pétalas;
Sem que os pássaros ouçam.

Que meu corpo estava à espera,
Deste que transformou meu sangue em chama.

Ofereço-te meu corpo vestido da mais pura nudez;
O mesmo corpo que anseia os sussurros da tua voz.

Ofereço-te minha boca;
A mesma boca que procura teus beijos.

Ofereço-te meus olhos;
Os mesmos olhos que vão de encontro aos teus.

Ofereço-te minha alma;
A mesma alma que vagueia em busca da tua.

E nesses encontros, me encontras sorrindo;

A procura do mistério;

Do segredo;

Da magia;

Das carícias…

Onde corre o rio sôfrego da minha entrega;
Em que sacio minha sede com a tua.

Como posso agarrar-te a mão se estás longe;
Aproxima-te mais um pouco...

Agora já consigo...
Dá-me a tua mão.

Sente como está quente a minha;
É apenas por ter tocado na tua.

Era noite quando cheguei
Subi cada degrau com uma enorme ansiedade
Abriste-me a porta

Olhamo-nos nos olhos
Os nossos olhos sorriram
E ansiavam aquele encontro

Abraçaste-me como se nunca nos tivéssemos visto
Como são lindos os teus olhos
Como é quente o teu abraço

Pouco a pouco as palavras foram-se soltando
Os sorrisos foram ficando menos tímidos
As mãos começaram-se a tocar

A tua boca cantava
Teus dedos tocavam uma doce canção
Senti-me pertença da tua música.

Eternamente

Cada vez sinto mais a tua falta
Do teu cheiro
Da tua pele
Da tua boca
Da tua presença em nossa cama
Sinto falta das doces palavras que me dizias

Só tu alimentaste minha vida
Com toda a tua esperança e ternura

Sinto raiva de ainda estar sem ti

A falta de ti despertou o que pior havia em mim

Não posso continuar a brigar com o mundo
A inventar sonhos que não sinto
A dar ilusões aos que me rodeiam
A magoar a vida.

Irei sempre viver por ti e para ti
Eternamente.

O dia pede luz em meus olhos;
Não consigo…

Dou-lhe a escuridão da noite
Que se fechou em minha alma.

Cavo um buraco;
Tiro cada pá de terra
Como se fosse a última
Onde pouco a pouco
Caibo inteira

Já não sinto meus pés
Minhas asas tornaram-se negras
Já não sei voar

Ficarei imóvel…

Haverá outro dia?

Vês com está bonita;

Perfumada;

Peço-te que não a arranques.

Só assim não morrerá.

Vou estar ausente uns dias, espero voltar renovada.

Os meus 5 hábitos estranhos:

(Desafio deixado pela Clotilde)

Por o despertador ao fim-de-semana para a mesma hora que acordo durante a semana, apenas para ter o prazer de o desligar e voltar a dormir.

Acordar a meio da noite para comer chocolates (sou chocolatodependente).

Falar com as minhas gatas.

Escrever notas nos livros que leio.

Fotografar pontes.


Deixo este desafio a:


Luísa
Alucard
De propósito
Joãosevivas

Cheguei sem avisar;

Entrei sem bater à porta;

Sentei-me a teu lado;

Toquei teus olhos…

Tua boca…

Tuas mãos…

Toda a tua pele falava em cada arrepio sentido;

Teu corpo desejava o meu em cada suspiro;
Teus dedos silenciavam meus lábios.

A noite desapareceu,
Como uma nuvem levada pelo vento
.
.
.
Aqui neste mesmo lugar espero,
Que venha outra noite.

Roubarei umas asas ao primeiro anjo que aparecer.
Pintarei as de azul da cor do céu.

Voarei em teus sonhos;

Entrarei em teu corpo;

Respirarei dos teus pulmões;

Beberei da tua saliva;

Comerei da tua boca;

Sentirei através da tua pele;

Verei através dos teus olhos;

Amarei através do teu coração;

Seremos um só corpo.

Tentei sorrir, mas chorei,
Tentei falar, mas fracassei,

Apenas respirei,
Não por querer,
Mas por querer ficar e não conseguir.

Para ti escrevo em silêncio,
Nele me escondo,
Me encanto,
Me descubro,

Passei a sorrir em vez de chorar .

Ensinaste-me novamente a sonhar,
E assim ficarei para te amar.

Não sei onde me perdi,
Em que tempo parei…

Quem sou…
Quem pretendo encontrar;
Como serei…

Serei apenas o que de mim restar,
O que de mim pintares.

Pintarás um quadro colorido,
E assim serei.

Pintarás um quadro escuro,
E assim tornar-me-ei.

Iludimos nossos olhos;

Num fingimento pleno;

Na certeza de enganar o coração;

Acreditando no que queremos ver;

Esquecendo que há vida dentro da alma;

Alma perdida pela decadência do tempo;

Vida escondida pelos corpos;

Corpos egoístas de desejo;

Desejo esquecido do amor;

Amor envergonhado pela verdade.