segunda-feira, janeiro 30, 2006

Uma manhã fria, mas doce;

Um beijo quente;

Um sorriso generoso;

Um olhar terno.

sábado, janeiro 28, 2006

Branco



Naquele dia era como se o tempo tivesse parado.

O teu corpo era a coisa mais clara que havia.

Lembro-me do sentir da tua mão na minha mão, ainda quente, durante muito tempo.

Subo ao céu.

É um céu parado e branco.

Um lugar inexistente.

Preciso de um branco para além deste que consigo ver.

Preciso de definir as fronteiras da luz.

A momentos em que a vida parece querer arrancar.

Em que consigo ir para além daquele branco.

Só ainda não consigo é definir as fronteiras da luz.

Ainda não consegui é descer de uma só vez daquele céu.

De longe...


De longe...
De longe...
De mais longe que puderes.

Sou um quadro qualquer.
Não me vejas de perto.

A distância corrige os meus defeitos;
Dilui as minhas cores;
Adoça os meus contrastes.

De longe sou melhor;
Vê-me de longe;
Recua mais uns passos;
Peço que te afastes.

Daí podes olhar...
Sim.
Agora podes ver.

Pareço mesmo bem.
Sou um quadro vulgar;

quinta-feira, janeiro 19, 2006

Sei apenas…

Não sei quem és,
Sei apenas…
Que nos planos da história tu existes.

Pequeno ou grande na escala social,
Soldado raso ou general,
Doutor, artista ou camponês,
Quem quer que sejas,
Ou onde quer que estejas,
Não te demores.

Vem, vem depressa,
Levanta o braço e a voz,
Num gesto de liberdade,
Aparece!
Há tanto, tanto para viver!

segunda-feira, janeiro 09, 2006

Bela e Doce Certeza

Porque vivemos num mundo de mentiras?

Porque as mentiras fazem-nos ser incapazes?

Porque vivemos na ignorância de não saber o mundo que está a nossa volta?

Porque nos deixam na dúvida da certeza?

Porque a certeza não pode ser o que queremos?

Será que existem certezas?

Será que conhecemos realmente as verdades?

Ou será que as verdades são meramente mentiras?

Não demores na verdade…
Não deixes que viva na incerteza do que pode ser uma bela e doce certeza.

Espero, mas não quero desesperar.