Sonho ou Pesadelo
Cheguei a casa, e como o dia não estava bonito, lancei apenas um olhar distraído à janela.
Não via mais que nuvens escuras.
Uma aborrecida sonolência me foi dominando.
Na verdade, não estava no céu, pensava coisas da terra.
Senti prazer em pensar que agora não haveria mais nada, que não seria mais preciso sentir, nem reagir, nem me torturar; que todas as coisas e criaturas que tinham poder sobre mim e mandavam na minha alegria ou na minha tristeza haviam-se apagado e dissolvido naquele mundo de nevoeiro.
De repente veio-me uma saudade imensa da luz, da beleza humana, da vida.
O sono era uma coisa escura, sem graça, sem a delicadeza e o calor da vida, toda a fascinação da vida tomou conta de mim, uma tão profunda delícia e gosto de acordar, uma tão ardente e comovida saudade.
Não podia continuar a dormir.
Mas olhando novamente pela janela, vi apenas um manto de neblina com o sol a querer furar.
Senti-me uma estranha dentro de um sonho que não era meu.
Terei tido um sonho ou um pesadelo?
Não via mais que nuvens escuras.
Uma aborrecida sonolência me foi dominando.
Na verdade, não estava no céu, pensava coisas da terra.
Senti prazer em pensar que agora não haveria mais nada, que não seria mais preciso sentir, nem reagir, nem me torturar; que todas as coisas e criaturas que tinham poder sobre mim e mandavam na minha alegria ou na minha tristeza haviam-se apagado e dissolvido naquele mundo de nevoeiro.
De repente veio-me uma saudade imensa da luz, da beleza humana, da vida.
O sono era uma coisa escura, sem graça, sem a delicadeza e o calor da vida, toda a fascinação da vida tomou conta de mim, uma tão profunda delícia e gosto de acordar, uma tão ardente e comovida saudade.
Não podia continuar a dormir.
Mas olhando novamente pela janela, vi apenas um manto de neblina com o sol a querer furar.
Senti-me uma estranha dentro de um sonho que não era meu.
Terei tido um sonho ou um pesadelo?